Sexta-feira, 8 de Junho de 2007

Medo de viver

Há pessoas que pecam pelo excesso de segurança e outras que (não) pecam pela falta dela. A Sofia é assim. Fala, resmunga, grita, ri… mas na hora de marcar de golo foge para o balneário.

Depois de umas horas de conversa com ela no café, voltei para casa a pensar nestas coisas… nas pessoas que não são capazes de se envolver e se deixar levar pela vida.

 

Começo a pensar que a insegurança é o nosso pior inimigo. Nunca tinha pensado nisto, até porque para pensar nestas coisas tinha de ter muito tempo livre e fica bem melhor aos eternos poetas e filósofos deste mundo.  

Temos medo de tudo… do trabalho, da opinião das pessoas, que o dinheiro não chegue ao fim do mês, do frio, dos gatos, do sol, de ficar (eternamente) sozinhos… é o medo que não nos deixa avançar na vida e abraçar novas oportunidades. O que ganhamos com isso? Frustrações, depressões, enfim, muitas dores de cabeça!

 

A Sofia (a forte Sofia!) diz que está muito bem com a vida que tem. Mas na verdade… Faz-lhe falta alguém que seja só dela. Alguém que ature os desatinos dela, alguém que goste das coisas que ela goste, alguém que partilhe todos os segredos dela. Não admite, mas sofre…

Percebo-a bem… acho todos percebemos. Quem já não se sentiu assim? Quem já não construiu uma fortaleza em torno de um interior massacrado?

 

Se os conselhos fossem bons ninguém os dava, vendia-os! Mesmo assim vou deixar o meu… Não se fechem no vosso mundinho secreto, não se prendam à vida a solo. Se olharem bem à vossa volta, verão que o que não falta são pessoas dispostas a rir convosco. Saiam de casa, frequentem cafés, cursinhos de ponto-de-cruz, teatros, ginásios…sei lá, qualquer coisa que envolva muita gente junta no mesmo sitio. Deixem-se levar em conversas e sejam bem-dispostas e abertas aos outros.

 

Sofia, despe essa armadura impenetrável que teimas em usar. Ninguém te vai achar uma fraca por teres medo falhar. Eu cá, acho bem mais fracos, aqueles que nem sequer tentam e se conformam com a vida que têm. Amigos, não te faltarão se um dia caíres. Amigos, não te faltarão se um dia precisares de chorar.  Amigos, nunca te faltarão enquanto fores capaz de te dares da mesma forma que eles te dão. O resto virá por arrasto!

 

Só espero que ela não leve este conselho muito a peito senão, qualquer dia, ainda a encontro com a Maria, agarradas a um computador a “escolher” amigos na net… Aí sim! Ficarias sem esta amiga, porque Marias, bastam-me uma!!!

publicado por happyend às 01:18
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